Tendo em conta que ia sair da empresa em Setembro, decidi trazer o Ford Ka que estava lá em casa a apanhar pó. A apanhar pó é mesmo a expressão correcta: ninguém lhe tocava à tanto tempo que nem seguro ou inspecção tinha em dia e só as patadas dos gatos revelavam que por baixo que vários cm de pó que o carro é de cor preta.
A unica opção neste caso é ir por ferry (nem pensar em conduzir no canal da mancha, porque é SUPER caro). A única questão aqui era ONDE o apanhar. Espanha ou em França (Calais)? Feitas as contas e medindo os pós e contras (preço do ferry, tempo gasto, preço do combustivel gasto, idade do carro (11 anos) e pressão por parte da mãe) lá me decidi por conduzir (só) até Santander e apanhar aí o ferry.
Portanto 4h até Salamanca onde pernoitei e mais 4h até Santander. O ferry era gigantesco, tinha 10 pisos: os 4 1ºs para veiculos e os estantes para as pessoas.
A distribuição dos pisos era como no Titanic: quanto mais inferior o piso, mais rascas eram as cabines. Claro que fiquei no piso 5, composto inteiramente por cabines. Fiquei numa cabine dupla só para mim. A assim começou a viagem de 19h.
Fiquei bastante surpreendida com a qualidade do barquito: piscina para os miudos, cinema, lojas, imenso pontos de miradouro, uma biologa marinha que nos explicava o que podiamos ver na viagem (só consegui ver golfinhos), piano bar…e mais. Agora percebo como havia excursões e muitas pessoas que não levavam carro. Iam só pelo turismo.
Apesar dos produtos “Duty free” achei tudo muito caro, excepto o tabaco. Era ridiculamente barato e claro aqueles ingleses devem ter esgotado o stock do ferry.
Mas,como fiz a viagem sozinha, aborreci-me de morte, li o livro que levava e o tempo parece que não passava.
De qq maneira é uma experiencia interessante. Está tudo muito bem organizado.
Um dos muitos corredores do piso 5, só cabines
O que eu passei o tempo a fazer: ver o mar. Não consegui fotografar golfinhos, pq eram muito pequenos vistos lá de cima do barco.